Busquem em primeiro lugar... o Reino de Deus!

Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (Mateus 6.31-33)

Uma das formas mais inúteis de deixarmos de nos preocupar é esforçarmo-nos por não pensar naquilo que nos está preocupando. Já tentou esse método? Não é com a mente que podemos afastar nossas preocupações. Quando estou na cama preocupado com uma reunião de trabalho, ou com uma conversa que vou ter no dia seguinte, não posso evitar a preocupação dizendo: “Fique tranqüilo, não pense nisso, dorme.. Tudo sairá bem amanhã.” A minha mente simplesmente responde: “Como é que você sabe?”. E aí pronto.. já estamos nos preocupando novamente.

O imperativo de Jesus: “Busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça” é no mínimo um tanto intrigante. Poderíamos dar a seguinte interpretação a ele: “Se quiser se preocupar, preocupe-se com aquilo que realmente vale a pena. Preocupe-se com coisas mais importantes que a sua família, amigos, a sua reunião de amanhã. Preocupe-se com as coisas de Deus: com a verdade, a vida, a justiça.

E, logo que orientamos o coração para estas coisas, a nossa mente deixa de andar de um lado para o outro, porque entramos em comunhão com aquele que está presente em nós, aqui e agora, e está pronto para nos dar aquilo de que mais precisamos. E, assim, as preocupações tornam-se oração e a nossa sensação de impotência é transformada numa tomada de consciência de que somos fortalecidos com o poder do Espírito de Deus. Na verdade, não podemos prolongar a nossa vida com as preocupações, mas podemos ir muito além dos limites da nossa curta existência quando fixamos nosso coração no Reino eterno de Deus.

Mas isto porá um fim às nossas preocupações? Provavelmente não. Enquanto estivermos neste mundo cheio de tensões e pressão, a nossa mente nunca estará livre de preocupações, mas, se continuarmos a voltar o coração e a mente para o abraço amoroso de Deus, para as realidades de que ele nos ama e cuida de nós, seremos capazes de continuar a rir da nossa própria pessoa tão preocupada e a manter o nosso coração aberto e fixo no Reino de Deus.